Supere o medo de dentista! confira alguns métodos que podem te ajudar
- Marcelo Magalhães
- 18 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 10 de ago. de 2023

Você já sentiu medo de ir ao dentista? Deixou aquela “dorzinha” se transformar numa dor insustentável até que a ida ao consultório fosse inevitável? Meu caro amigo, você não está sozinho! Já inventaram um nome bem chique pra isso e chama-se “Odontofobia”. Esse é um problema que pode até parecer simples, mas é muito complexo. Muitas pessoas deixam de lado a prevenção da saúde bucal ou até mesmo minimizam sintomas que já avisam que há algo errado para deixar a visita ao dentista quando a situação já está muito complicada e o tratamento, provavelmente, em um nível mais complexo. O paciente é tomado por um sentimento de temor e apreensão que deriva da antecipação de um perigo. Essa sensação de perigo, muitas vezes, está gravado na sua memória a partir de experiências traumáticas anteriores que podem ter ocorrido até mesmo na infância, nesses casos é necessária muito sensibilidade por parte do profissional que irá tratar o paciente pois ele está com a “guarda alta”. A psicologia explicar que coisas não tem não tem valor em si mesmas: um jaleco branco, por exemplo, pode não ter nenhum significado para alguém que nunca teve uma experiência negativa com aquele objeto.
Porém, se aquele objeto passa a ser associado com ele passa a ter um valor negativo podendo, por si só, despertar ansiedade e medo - sem que nada ruim vá necessariamente acontecer. Confesso que não tenho muito apreço por agulhas, durante os exames de sangue evito olhar para elas e se tivessem inventado outro método para medir nossas taxas no sangue eu seria adepta. Porém, durante uma época em que precisei repetir muitos exames eu resolvi me presentear com um sorvete assim que saia do laboratório. Não sei se pelo sorvete ou pela repetição, mas percebi que o medo tinha diminuído - e até mesmo a picada parecia doer menos - a exposição repetida àquela situação me tornara cada vez menos sensível às agulhas. Sem saber eu me submeti a um método da psicologia comportamental chamado “Dessensibilização” que consiste em uma exposição gradativa ao objeto fóbico, precedida pelo relaxamento (Vera & Villa, 2002). Talvez o sorvete não seja a melhor opção para sua glicose, mas essa dica pode te ajudar!
Confiança: Interação confiável com o dentista: a percepção de confiança no dentista pode "baixar a guarda" do paciente. O que reforça a importância de que haja uma conexão entre dentista e paciente desdea primeira consulta;
Distração: Distração: que tal assistir sua música ou seriado preferidos? É só pedir! Nossos consultórios tem sistema de televisão e som para ser conforto;
Controle: Buscar estar no controle da situação: converse com seu dentista se achar que é mais confortável para você que ele narre o procedimento que está acontecendo, mostre aos poucos o que está acontecendo. Tire todas as suas dúvidas: quanto tempo vai durar o procedimento, qual a sequência de acontecimentos, qual medicação será necessária tomar depois e por quanto tempo, etc. É importante que você indique como você prefere ser atendido, pois nem todos os pacientes são iguais.
Reforço Positivo: Reforço positivo: lembra do sorvete? Pois é! Não precisa ser literalmente um sorvete, mas um presente ou algum mimo. Esse caso é particularmente mais útil em crianças (é o caso do pirulito depois da vacina) e costuma aumentar o comportamento de colaboração do paciente;
Dessensibilização sistemática: é realizada uma exposição gradual do paciente aos estímulos geradores de ansiedade, se você tem medo do “motorzinho” pode ver como ele funciona, até mesmo segura-lo, num ambiente descontraído e com uma boa conversa, até que aquele objeto não represente mais um estímulo tão exagerado de ansiedade.
Soluções apresentadas a partir de estudo científico: Avaliação e manejo da ansiedade e fobia odontológica: a psicologia na formação do cirurgião-dentista. Revista Da Faculdade de Odontologia De Porto Alegre, 61(2), 80–94. Gomes, Stabile & Ximenes, 2020.
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